segunda-feira, 17 de agosto de 2015

FLORES DE MARIA


Debaixo do braço
Nos suvacos da menina
Lhe disseram crescer umas ervas daninhas.
A menina danou-se
E disse que não.
Lhe mandaram
Com lâminas em riste
De tempos em tempos
Num ritual triste
Desflorescer.
A menina
Que queria só ser
Bateu o pé
E repetiu que não.
Entre olhares 
E dizeres
Viram as plantas 
Crescer a cada dia
E num momento desses
Ouviram um cantarolar:
Ninguém corta minhas Flores de Maria.

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