pra abolir tem que bulir
tem que bailar até cansar
deixar esgarçar de tanto usar
fazer acabar de tanto gastar
pra caçar tem que perseguir
olhar muito atento pra poder mirar
fazer estranhar de tanto repetir
perder o sentido de tanto buscar
levar tão a sério pra então poder rir
gostar tanto, tanto, até enjoar
um toque tão frio que possa queimar
a água do tempo que ensina a furar
pra abolir tem que bulir
para bolar tem que embolar
pra abolir tem que ebulir
tem que deixar chiar pra ter silêncio no chá