sábado, 28 de junho de 2014

CAOS


Era uma vez um menino chamado caos, dono de uma mente caótica coberta por longos cabelos negros, que, por ventura, também cobrem suas sobrancelhas cheias e certas espinhas na testa. De estatura mediana, postura curvada e pele branca amarelada(quase cadavérica)passa despercebido. Portador de olhos marrom bosta e um olhar de peixe morto caos não instiga segundos olhares, mas observa e analisa a tudo ao mesmo tempo, com um foco e dispersão extraordinária. Dono de um corpo estático e de um grande rebuliço mental caos passa horas teorizando sobre as leis universais mais complexas. Caos vive, mata e revive paixões, opiniões e interesses com a mesma naturalidade com que se troca de estações. Caos se enxerga em todos mas se sente diferente de tudo, apessoal,sem emoções, vive eternamente personagens efêmeros. Talvez um tanto parecido com você. Vazio e profundo, frio e emotivo, de uma existência insignificante de diversos significados,filósofo e racionalista só sossega quando encontra ordem no caos.

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